Até o fim deste ano, o governo conseguirá concluir R$ 796 bilhões em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O valor corresponde a 99,7% do que deveria ser gasto nas obras com conclusão em 2014.
Algumas obras previstas pelo programa, porém, só ficarão prontas após esse prazo. Entre elas, por exemplo, está a Usina de Belo Monte, terceira maior usina hidrelétrica em construção no mundo. Após conclusão das obras, será a terceira maior do mundo. De 2011 ao fim de 2014, o valor total dos gastos do PAC deverá alcançar R$ 1,1 trilhão.
O número considera também valores gastos com obras que não ficarão prontas. Para chegar ao número de investimentos em obras concluídas, o governo considera como algumas que sequer começaram. Entre elas estão as concessões rodoviárias, feitas no fim do ano passado. O balanço aponta que esses projetos estão concluídos, mas, como trata-se de uma concessão, as obras de duplicação das vias serão feitas ao longo de cinco anos. A maioria sequer começou.
O balanço ainda volta a incluir na categoria “em andamento adequado” obras que estão muito atrasadas, como é o caso da Ferrovia Norte-Sul, que deveria ter seu trecho entre Goiás e São Paulo pronto em 2012 e só estará concluído em 2015 ou 2016.
O número do PAC alcança valores próximos aos previstos para investimentos entre 2011 e 2014 porque são estimulado pelos financiamentos de casa própria. Do valor total investido no período (R$ 1,1 trilhão), R$ 341 bilhões foram gastos em financiamentos habitacionais. Em programas responsabilidade do governo, como obras de saneamento, creches e contenção de encostas, o governo vai terminar os quatro anos do PAC 2 sem alcançar mais do que 60% da execução dessas obras.
Para forçar um melhor resultado desses números, o governo divulgou indicadores de andamento das obras identificados até o dia 5 de dezembro. Em geral, os balanços do governo apresentam resultados do último trimestre. REPRESENTANTES Diferentemente de edições anteriores, nenhum representante do Ministério da Fazenda compareceu ao evento de balanço do PAC, realizado nesta quinta-feira (11).
A pasta vive uma situação delicada, uma vez que o atual ministro, Guido Mantega, já foi substituído, mas ainda não deixou o governo. O futuro ocupante do posto, Joaquim Levy, já despacha em Brasília, no Palácio do Planalto, mas temporariamente ocupa posto de assessor especial do gabinete da presidente Dilma Rousseff. A ministra Miriam Belchior (Planejamento) também enfrenta situação semelhante. Nelson Barbosa, seu substituto, também despacha do Palácio do Planalto como assessor.
A ministra, porém, ocupou a mesa principal durante o evento e liderou as apresentações. EVENTO Responsável pelas divulgações do PAC desde o início do programa, Miriam iniciou a exposição dizendo que esta é a 22ª edição de divulgação dos resultados e que poucos são os ministros que, como ela, estão à frente deste processo desde o início.
Em geral, esses eventos são iniciados com uma breve introdução -feita pelo ministro da Fazenda-, com dados gerais sobre a situação econômica no Brasil e no mundo. Miriam Belchior aproveitou o evento para defender a importância do programa. Segundo ela, “o PAC protege o Brasil dos efeitos da crise internacional e contribuiu para que o país alcançasse menor índice de desemprego”.
Fonte: Bem Paraná