A identificação de um gap entre fornecedores e clientes do mercado de impressão 3D foi um dos aspectos que motivou cinco empreendedores a criar uma nova startup. Fundada em janeiro de 2016, a proposta da plataforma Cammada é conectar pessoas que precisam de um serviço aos donos dos equipamentos. ‘Ao mesmo tempo que existia um potencial incrível no lado da oferta, os clientes encontravam dificuldades para ter acesso a essa nova tecnologia. Os desencontros iam desde usuários experts na busca dos serviços, até pessoas que queriam apenas encontrar informações sobre o assunto’, conta João Pedro Faro, um dos sócios da startup.Com mais de 150 fornecedores registrados, a Cammada também atua como um agente de atendimento ao consumidor, ao tirar dúvidas dos usuários. Segundo Faro, o investimento realizado foi baixo, mas a criação da nova companhia foi repleta de desafios. ‘Como a impressão 3D é uma indústria nascente, muitas empresas foram fundadas dentro de universidades, por exemplo. Tivemos que entrevistar muita gente inserida nesse universo para entender como o setor funciona. E ainda estamos aprendendo’, diz. Além disso, o empreendedor conta que os sócios demoraram mais de um ano para lançar a primeira versão da plataforma ao público: ‘como nós somos todos muito críticos, em cada encontro, revisávamos o produto mais uma vez. Foi um exercício árduo definir o que era prioritário no início e o que ficaria para depois da etapa de validação’.
De acordo com Faro, a demanda pelos serviços de impressão 3D varia bastante, mas a tendência é de crescimento. ‘Há empresas nos procurando para ajudar a desenvolver um produto do zero, existem pequenos empreendedores que encontraram na Cammada uma forma de imprimir seus protótipos em 3D e também há usuários mais leigos querendo simplesmente ter uma primeira experiência com o serviço’, conta.
Apesar de ter tido baixo investimento, o caminho da Cammada não tem sido simples. “Sentimos na pele uma grande lição de que os resultados são obtidos com 99% de transpiração e 1% de inspiração”. Segundo o empreendedor, transformar uma boa ideia em uma operação real está sendo um desafio. ‘É preciso muita dedicação e trabalho. Aprendemos também a importância de segmentar uma atividade imensa em pequenas tarefas com um responsável bem definido para cada uma’. No entanto, mesmo com um planejamento perfeito e objetivos bem definidos, imprevistos acontecem no meio do percurso: ‘é preciso estar sempre aberto para pensar ‘fora da caixa’ e dedicar algumas horas extras de trabalho’, aconselha.
O objetivo da startup é deixar de ser apenas uma plataforma e oferecer serviços de design de produto, negociando parcerias. ‘Está em processo de prototipagem o serviço de modelagem de pessoas para bolos de casamento por impressão em 3D’, conta Faro.
Fonte: Santander