UBS lidera grupo de bancos que trabalham em sistema de dinheiro eletrônico

O banco suíço UBS está liderando um grupo de quatro dos maiores bancos do mundo que estão desenvolvendo um sistema para permitir que os mercados financeiros façam pagamentos e concluam transações financeiras rapidamente por meio da tecnologia blockchain.

O UBS desenvolveu uma moeda digital chamada USC, que seria um equivalente eletrônico a cada uma das principais moedas apoiadas por bancos centrais, como o dólar e o euro, em vez de uma nova moeda eletrônica descentralizada como a bitcoin.

O USC será conversível a uma paridade com depósitos bancários da moeda correspondente, o que o torna totalmente reversível em ativos em dinheiro por um banco central. Gastar USC seria o mesmo que gastar moeda real, afirmou o UBS.

Projetos blockchain como o do UBS têm o potencial de reformular o sistema de liquidação usado por bancos sob o qual transações podem levar vários dias para serem finalizadas e que custam à indústria financeira de 65 bilhões a 80 bilhões de dólares por ano, segundo um relatório de Oliver Wyman no ano passado.

“Moeda digital é um componente central do tecido futuro do mercado financeiro baseado em tecnologias blockchain”, afirmou o diretor de inovação do UBS Hyder Jaffrey.

O banco suíço lançou o conceito em setembro do ano passado com ajuda da companhia britânica Clearmatics e tem recebido apoio do BNY Mellon, Deutsche Bank, Santander e da corretora ICAP.

A tecnologia blockchain pode processar automaticamente e liquidar transações por meio de algoritimos executados por computadores, sem a necessidade de uma verificação por um terceiro.

Como não precisa de processamento manual ou autenticação de intermediários, a tecnologia pode tornar os pagamentos mais rápidos, mais confiáveis e mais simples de serem auditados.

O Fórum Econômico Mundial informou em relatório este mês que mais de 90 bancos centrais estão discutindo o uso da blockchain e estimou que 80 por cento dos bancos comerciais do mundo terão iniciado projetos que usam a tecnologia até 2017.

Fonte: Reuters