A fabricante DJI lança nesta semana drones que custam até 43 mil reais no Brasil. A apresentação oficial dos produtos foi feita na feira de tecnologia Fitic, cuja primeira edição é realizada em São Paulo nesta semana.
Os modelos mais acessíveis são chamados Mavic Pro e Phantom 4 Pro. Os aparelhos têm sensores que ajudam o usuário a pilotar sem bater em nada. Mesmo quem não tem muita intimidade com drones pode ativar comandos que fazendo o gadget decolar e pousar automaticamente.
Ambos os produtos são voltados para filmagens. O Mavic Pro tem câmera com estabilização que grava com resolução 4K com 30 quadros por segundo, enquanto o Phantom 4 Pro capta cenas em 4K com 60 quadros por segundo, dando mais suavidade aos movimentos filmados.
Este último aparelho também tem obturador e foco mecânico, como uma câmera profissional. Outra novidade desse aparelho é que ele tem sensores que evitam colisões em todos os seus lados, tornando o voo mais automático do que no seu antecessor, o Phantom 4.
Pequeno e portátil, o Mavic Pro tem uma tecnologia interessante para quem grava vídeos para o YouTube ou trabalha com produção audiovisual. Ele pode seguir o usuário automaticamente enquanto grava um vídeo. O foco fica travado na pessoa e o drone faz a estabilização da imagem por conta própria.
Esse gadget atinge velocidade máxima de 65 kmh e tem alcance médio de 5 km de distância do operador. Já o Phantom 4 Pro é mais veloz, chegando a 74 kmh. A autonomia de voo dos produtos é de cerca de 30 minutos.
Os aparelhos estão à venda oficialmente na DroneStore por preços a partir de 6.650 reais e 9.974 reais, respectivamente.
O terceiro drone lançado na Fitic 2016 se chama Matrice 600. Esse aparelho também funciona como um equipamento de filmagem voador, mas tem o diferencial de poder carregar câmeras profissionais, como a Red Epic e lentes prime. A versão completa do DJI Matrice 600 custa 43 mil reais.
Quem compra drones hoje?
“O principal cliente atualmente é o usuário de drones para lazer e para fotografias e filmagens. Em 2016 houve um salto no mercado corporativo, mas o doméstico ainda é o que mais compra”, afirmou diretor da DJI para América Latina, Manuel Martínez, que ressalta que os drones têm tecnologia que permitem delimitar a área de voo para um determinado terreno, evitando problemas aos usuários principiantes, por exemplo.
Martínez destaca que o segmento corporativo de drones ainda vai crescer no país e o uso pode ser mais recorrente, por exemplo, para monitoramento de lavouras, como acontece no Chile. Para ele, a principal barreira dese mercado ainda é a desinformação em relação ao uso de drones.
Luis Neto Guimarães, CEO da DroneStore, que apontou os segmentos de filmagens, agricultura e construção civil como os que mais usam drones atualmente no país atualmente. “O mercado de drones evoluiu muito nos últimos três anos. A capacidade de processamento de imagem hoje é espantosa”, afirmou Guimarães.
Veja um voo no Phantom 4 Pro filmado na Fitic 2016.
Fonte: Exame