O presidente do Uber Technologies, Jeff Jones, decidiu deixar a companhia menos de sete meses depois de ter assumido o cargo, intensificando as turbulências que rondam a empresa.
Em comunicado à Reuters, Jones afirmou que não poderia continuar como presidente de um negócio com o qual não era compatível.
“Eu me juntei ao Uber por causa de sua missão, e o desafio de construir capacidades globais que ajudariam a empresa a amadurecer e prosperar no longo prazo”, disse.
“Agora está claro, contudo, que as crenças e a abordagem de liderança que guiaram minha carreira são inconsistentes com o que vi e vivenciei no Uber, e eu não posso mais continuar como presidente do negócio”, acrescentou.
O papel de Jones foi colocado em dúvida, após o Uber lançar no início do mês uma busca por um presidente operacional para ajudar a empresa, ao lado do presidente-executivo, Travis Kalanick.
Jones vinha executando parte das responsabilidades de presidente operacional na empresa. Antes do Uber, ele atuou na Target, onde foi diretor de marketing e responsável por modernizar a marca da varejista.
“Queremos agradecer ao Jeff por seus seis meses na empresa e desejar a ele tudo de melhor”, disse um porta-voz do Uber por email.
Separadamente, o vice-presidente do Uber de mapas e plataforma de negócios, Brian McClendon, afirmou que planeja deixar a empresa no fim do mês para atuar em política.
“Permanecerei como consultor”, disse McClendon em comunicado à Reuters. “As eleições deste outono e a atual crise fiscal no Kansas estão me motivando a participar plenamente em nossa democracia”, afirmou.
Jones e McClendon são os últimos de uma série de executivos de alto escalão do Uber a deixar a companhia.
No mês passado, o executivo de engenharia Amit Singhal foi convidado a renunciar devido a uma alegação de assédio sexual em seu emprego anterior na Alphabet, holding do Google.
No início deste mês, o vice-presidente de produtos e crescimento do Uber, Ed Baker, e o pesquisador de segurança, Charlie Miller, também saíram do grupo.
Fonte: Exame