31% das buscas na internet sobre seguro são feitas por celulares

O brasileiro tem interesse e busca se informar sobre seguridade. Um estudo elaborado pelo gigante da internet Google aponta que, apenas no primeiro trimestre deste ano, a média de buscas na internet sobre seguros foi de 12 milhões de pesquisas por mês. Os dados foram apresentados na primeira reunião do Comitê de Insurtechs da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.Net). “Mais do que revelar um crescimento de 11% , esses números nos mostram que há uma oportunidade nesse mercado que não pode ser ignorada”, diz o coordenador do comitê, Gustavo Zobaran.

O levantamento do Google revelou ainda que 31% dessas buscas foram realizadas a partir de dispositivos móveis. Conforme o comitê, isso mostra a predisposição do brasileiro às inovações tecnológicas. “As empresas devem olhar para esses números e identificar o potencial de crescimento do setor dentro do seu segmento. E aquelas que oferecerem a facilidade de contratação de um seguro a partir de um celular ou um tablet ou que investirem em tecnologia levam vantagem”, afirma Zobaran.

Nas buscas feitas por meio de dispositivos móveis, as categorias de seguro mais procuradas são Celular (45%), Aluguel/Fiança (44%), Vida e Acidentes Pessoais (43%), Auto (42%) e Residencial (39%).

Desaceleração

O interesse visível do brasileiro em seguros refletiu em um resultado tido como “promissor” no primeiro trimestre pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg). Entretanto, no mês de abril, o setor experimentou uma “leve desaceleração”, com crescimento nominal de 8,8%, depois de ter demonstrado alta de 13,9% de janeiro a março.

“Os resultados mostram o setor com queda de sinistralidade geral e controle das despesas administrativas, que se encontram estáveis, sobretudo ao compará-las com os números do primeiro quadrimestre de 2016, enquanto as despesas de vendas subiram 0,7 ponto percentual. A sinistralidade no período foi de 45,9%, representando queda de 4,1 pontos percentuais ante igual período de 2016. O resultado denota, porém, uma postura mais conservadora do setor, que preferiu não assumir riscos para manter, em patamares sustentáveis, os níveis de sinistralidade”, informou a confederação.

De acordo com os dados da CNseg, o segmento de Coberturas de Pessoas sofreu redução geral de 6,7%, na comparação com abril de 2016. Os planos VGBL tiveram queda de 11,9%. Já o seguro de vida individual passou de taxas de dois dígitos, em dois meses do ano, para um crescimento reduzido de 9,7% em abril. No segmento de Ramos Elementares, o DPVAT caiu 42,9%, automóveis reduziu 3,6% e o seguro rural, 9,4%.

“A surpresa foi a repentina mudança da tendência que o trimestre anunciava. O mês de abril, ruim, fez toda a diferença. E a redução do crescimento, mês contra mês do ano anterior, afetou a maioria dos ramos líderes. Considerando o ambiente de incertezas, confirmado pelas recentes dezoito citações desse termo pelo Banco Central do Brasil, na última e recente reunião do Copom, não há como indicar tendências firmes para o nosso mercado”, destaca o presidente da CNseg, Marcio Serôa de Araujo Coriolano.

Pontos positivos

Na contramão dos resultados ruins, foi observado crescimento de 20,7% no Seguro de Garantia Estendida. O Seguro Prestamista acumula acréscimo de 27,1%.

Nos quatro primeiros meses deste ano, os prêmios diretos do mercado somaram R$ 77,2 bilhões, sendo que o segmento de Pessoas respondeu por R$ 48 bilhões e o de Elementares por R$ 22,9 bilhões desse valor.

O ramo de automóveis mostrou aumento de 4,5%, inferior ao crescimento de 5,8% registrado nos três primeiros meses deste ano.

O ramo habitacional permaneceu estável e o Seguro Rural, após uma alta de 51,3%, reduziu seu crescimento para 32%. O segmento de Capitalização sofreu retração de 4,1%, contribuindo com R$ 6,2 bilhões no acumulado do quadrimestre.

O Seguro Habitacional, por sua vez, apresentou crescimento de 11% e o Seguro Viagem avançou 54,9% ante o primeiro quadrimestre de 2016.

Fonte: Diário do Nordeste