Troco “likes”, compartilho e sigo de volta. Expressões que se tornaram bem populares para uma galera que descobriu o prazer de massagear o ego nas redes sociais com novos seguidores e muitas curtidas em suas publicações. Isso sem contar a chance de se tornar um influenciador digital – hoje virou profissão. Diversas marcas descobriram nessas pessoas com muitos seguidores e, consequentemente, um bom alcance nas redes, uma forma eficiente de divulgar suas campanhas sem gastar tanto dinheiro como nas mídias tradicionais.
Mas ninguém vira influenciador digital do dia para a noite. Não é tão simples conquistar milhares de seguidores e ainda ter um bom engajamento em todas suas publicações. Muitos tentam; poucos conseguem. Mas essa busca incansável pela aprovação aparente através de números despertou interesse de oportunistas que oferecem – como em um passe de mágica – a venda de milhares de curtidas, seguidores e até comentários automatizados no Instagram, Facebook e Twitter. Pagou, levou!
Não é segredo. Na internet é fácil encontrar diversos sites que oferecem o serviço. Este desenvolvedor que prefere não se identificar vende curtidas e seguidores e conta que muita gente se tornou famosa nas redes graças a ele…
A diferença do serviço, segundo ele, é que a sua ferramenta não usa perfis falsos para curtir ou seguir outros como faz a maioria. Sem explicar como (por motivos óbvios) ele faz com que sua base de mais de 100 mil usuários reais siga e curta as publicações de quem paga pelo serviço. No Instagram, ele vende até 40 mil seguidores instantâneos por 1200 reais; no YouTube, o número máximo de visualizações em um vídeo vale quase 7 mil reais.
Sem apelar para os perfis falsos, ele passou noites em claro para desenvolver uma plataforma totalmente automatizada para seus clientes.
A história é outra quando a compra e venda de likes e seguidores envolve perfis falsos criados nas redes – seja ela qual for. Neste caso, algumas práticas podem, sim, configurar atividades ilícitas e passíveis de ação judicial.
Recentemente, em uma ação inesperada, o Instagram limpou a plataforma e excluiu milhares de perfis falsos da sua rede. O Facebook já dificultou bastante a vida de quem ainda tenta vender influência para a rede de Mark Zuckerberg. Mas ainda assim, a compra e venda continua funcionando: egos massageados, pessoas felizes e aprovadas no mundo digital e… marcas pagando uma boa grana para influenciadores divulgarem seus produtos e serviços.
Se tem gente se animando aí do seu lado, calma! Algumas empresas mais ingênuas ignoram o fenômeno. Afinal, vários indícios ajudam a perceber quando um perfil está inflado e automatizado de alguma forma. Fora isso, existem plataformas digitais inteligentes que já fazem isso também. Agora já tem muita marca esperta que aprendeu a olhar menos os números e mais os resultados.
Claro, muita gente vai continuar comprando seguidores e curtidas; a maioria por ego. É cada vez mais difícil se tornar um influenciador digital desejado pelas marcas. Se esta for a sua ideia, guarde três dicas importantes e comece a trabalhar desde já: seja original, cópias não se sustentam; produza conteúdo sobre algo que tenha a ver com você – faça algo único; e, por fim, tenha um trabalho consistente e muita paciência: seus seguidores virão com o tempo de um crescimento orgânico se você se dedicar com carinho e qualidade.
Fonte: Olhar Digital