A Jump, startup de bicicletas e patinetes elétricos adquirida pela Uber em maio, chega ao Brasil em 2019 e anunciou nesta semana uma grande reforma. A próxima geração de bicicletas elétricas estará nas ruas americanas no próximo mês, revelando o esforço da empresa para dominar o crescente e competitivo setor de micromobilidade.
Na última terça-feira (18), a Jump apresentou as novidades que serão implantadas nas bicicletas. Entre elas, estão as baterias de íons de lítio que podem ser trocadas, os monitores sofisticados acoplados ao guidão e um compartimento retrátil para encaixar o smartphone do usuário.
Bateria diferencia Jump da concorrência
Atualmente, o Jump traz o pedal de acionamento totalmente elétrico como grande diferencial em relação às concorrentes na área de compartilhamento de bicicletas por aplicativo. As demais atuantes no setor, como a brasileira Yellow, a americana Lime e a chinesa ofo, oferecem pedais de acionamento direto pelo usuário ou uma combinação de ambos. O sistema fornece ao usuário um impulso constante que o ajuda a pedalar com uma velocidade de até 32 km/h, desacelerando normalmente conforme a pessoa para de pedalar.
A melhoria implementada agora permite que as baterias esgotadas sejam recarregadas em questão de minutos por membros da equipe da Jump. A customização de cada bateria à sua bicicleta, assim como os demais itens relativos ao sistema e sua interface, permite que a empresa tenha informações exatas sobre o desempenho de cada exemplar em tempo real, explica Nick Foley, chefe de produto da Jump, ao site The Verge.
Foley afirma que o controle da Uber sobre a cadeia de suprimentos também coloca a Jump, que tem suas bicicletas fabricadas na China, em uma posição privilegiada em relação às demais empresas. “Este é um veículo construído especificamente para essa aplicação de frotas e para as operações dessas frotas”, diz. O fornecimento de suprimentos para as bicicletas é majoritariamente terceirizado no mercado de micromobilidade.
Fonte: Exame