Relógio do “Juízo Final” é mantido em 90 segundos para meia-noite

O Boletim dos Cientistas Atômicos manteve, nesta terça-feira (23/1), o Relógio do Juízo Final em 90 segundos para meia-noite, o mais próximo que já esteve do fim do mundo. Esse relógio é um projeto que alerta o público sobre o quão perto a população e a Terra estão do fim dos tempos, por causa da criação de tecnologias pelos próprios humanos.

De acordo com o boletim, o relógio é uma metáfora, uma espécie de lembrete, para os perigos que os humanos vão enfrentar se quiserem sobreviver no planeta Terra.

Today, the Bulletin’s Science and Security Board once again sets the #DoomsdayClock at 90 seconds to midnight.

Humanity continues to face an unprecedented level of danger.

Read the full statement: https://t.co/PowB7RkzXw pic.twitter.com/aRyF2ZX3wB

— Bulletin of the Atomic Scientists (@BulletinAtomic) January 23, 2024

O novo boletim de 2024 levou em conta acontecimentos globais importantes como a sequência da guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como o conflito na Palestina, a crise climática e o avanço de tecnologias como a Inteligência Artificial (IA).

“Nós discutimos sobre a inteligência artificial e se ela seria uma ameaça existencial para a humanidade e há debates sobre isso entre especialistas. Independentemente de quem acredita que é/será ou não é/será uma ameaça, está claro que é uma tecnologia disruptiva”, explicou Herb Lin, um dos cientistas que esteveram presentes no anúncio.

Ao todo, o Boletim dos Cientistas Atômicos já atualizou os ponteiros dos minutos do Relógio do Juízo Final 25 vezes desde sua estreia em 1947. A mais recente delas foi em 2023, quando passou de 100 segundos para meia-noite para 90 segundos para meia-noite.

Ele foi criado em 1947, quando a humanidade enfrentava o perigo das armas nucleares. Já na última alteração, a justificativa havia sido a guerra entre Rússia e Ucrânia, embora não fosse o único motivo, e o perigo de escalada no conflito e o uso de armas nucleares.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram