Há mais de 2,5 mil políticas industriais em vigor no mundo, aponta CNI

Há mais de 2,5 mil políticas industriais em vigor no mundo voltadas para fortalecer as indústrias dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, conforme mapeado pelo Fundo Monetário Internacional em 75 países.

“Temos que ficar alertas para o fato de que as grandes potências estão investindo recursos significativos para se manterem competitivas e se adaptarem às tendências atuais”, destacou o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi.

“Em outras palavras, assistimos a uma corrida global, que constrói as novas bases da indústria mundial, com iniciativas ligadas à descarbonização, à transformação digital, à saúde e à vida, bem como infraestruturas urbanas, econômicas e digitais, formação de recursos humanos qualificados e defesa e segurança nacional”, emendou.

Segundo ele, as políticas industriais ganharam força mundo afora, principalmente no período pós-pandemia e por iniciativa das economias avançadas, com investimentos vultuosos para reagir a novos desafios tecnológicos e ambientais, em particular as mudanças climáticas.

“O Brasil ficou de fora da revolução da microeletrônica e isso nos tirou competitividade e nos fez dependentes do mundo em produtos de alto valor agregado. Agora, temos uma outra janela de oportunidade. A descarbonização é uma grande janela de oportunidade. A nossa política industrial precisa focar no futuro da economia, com continuidade, e ser uma política de Estado resistente às mudanças de governo”, apontou Lucchesi.

O tema está sendo debatido durante o “Seminário Políticas Industriais no Brasil e no Mundo”, nesta terça-feira (6/8). O evento contou ainda com a presença do presidente da República em exercício e ministro do MIDIC, Geraldo Alckmin; o vice-presidente da CNI, Leonardo de Castro; o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan; e o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do BNDES, Nelson Barbosa.

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